Marcelo Rovaris – Endoscopia digestiva sem medo
Endoscopia quer dizer “olhar dentro”. O dicionário define o termo como o exame visual de uma cavidade pelo uso de um endoscópio. Simples assim. Mas se é só isso, por que tanta gente ainda tem medo de fazê-lo?
Para se submeter à endoscopia sem medo é necessário entender os procedimentos que envolvem o exame. E, sempre, conversar com seu médico.
A endoscopia digestiva é realizada através do endoscópio. Este instrumento é composto de um tubo ótico que captura imagens da cavidade digestiva. O tubo possui espessura de cerca um centímetro de diâmetro e sistema de iluminação. O médico ajusta a intensidade da luz de modo a ter visão plena do esôfago, estômago e da parte inicial do duodeno do paciente. É a endoscopia digestiva alta.
O tubo é introduzido pela garganta. E o desconforto desta etapa é o que mais causa ansiedade nos pacientes. Para anular essa sensação exame pode ser realizado com duas formas de anestesia:
Tópica: com aplicação de anestésico em spray diretamente na garganta
Sedação: através da administração de medicação sedativa diretamente na veia, permitindo que o paciente relaxe e adormeça.
Preparação
É necessário que o estômago esteja vazio. O paciente deverá permanecer em jejum completo por oito horas.
Se houver necessidade do uso de alguma medicação prescrita (por exemplo, anti-hipertensivos) antes do exame, o paciente deve tomá-la com pequenos goles de água. Leite ou de antiácidos não devem ser ingeridos.
Pacientes diabéticos devem realizar o procedimento no horário mais cedo possível.
É obrigatória a presença de um acompanhante.
Outras orientações simples são passadas pelo médico com antecedência.
Duração
Em geral a endoscopia digestiva alta é realizada rapidamente, tendo duração aproximada de 10 minutos.
Riscos
A endoscopia digestiva alta é um exame seguro. Vale lembrar, que assim como todo procedimento médico, pode também estar sujeita a algumas adversidades.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva “a complicação mais frequente é flebite (dor e inchaço no trajeto da veia puncionada), que pode acontecer em até 5% dos casos, dependendo da medicação utilizada para sedação. Complicações mais sérias são muito raras, ocorrendo em menos de 0,2% dos casos”.
Recuperação
Após o exame o paciente ficará em repouso até a sua liberação.
O paciente não deve dirigir carros, operar máquinas ou beber álcool até o dia seguinte ao exame, quando será capaz de retornar às suas atividades rotineiras.
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