Mau hálito tem tratamento, sim – Rovaris MedRovaris Med

Mau hálito tem tratamento, sim

Halitose, mau hálito ou mau cheiro oral são sinônimos para a mesma patologia. Para a maioria dos pacientes causa constrangimento e afeta a comunicação social e a vida. Além disso, halitose pode ser indicativa de doenças subjacentes. O mau hálito tem afligido o ser humano desde que este começou a viver em sociedade. A importância de se diagnosticar o mau hálito se dá pelo fato de que, por muitas vezes, o portador não tem consciência da existência deste problema, pois suas células olfativas “se acostumam” com o odor. A boa notícia é que o problema tem tratamento. Uma abordagem multidisciplinar, com auxílio do dentista, endocrinologista e do gastroenterologista é fundamental. O Dr. Francisco do Amaral, aqui da Rovaris Med, pode ajudar. 

 

Ele avalia que apenas um número limitado de publicações científicas foi apresentado no campo da halitose até 1995. “Desde então, uma grande quantidade de pesquisas é publicada, muitas vezes sem evidências. Em geral, condições intraorais, como insuficiente higiene dental, periodontite ou saburra lingual são consideradas as causas mais importantes (85%) de halitose.”

 

Portanto, dentistas são os profissionais de primeira linha para enfrentar esse problema. Eles devem estar bem cientes da origem, detecção e, principalmente do tratamento desta patologia.  

 

Além disso, associado à orelha-nariz-garganta (10%) ou gastrointestinal /distúrbios endocrinológicos (5%) podem contribuir para o problema. No caso de halitofobia, problemas psiquiátricos ou psicológicos podem estar presentes. O mau hálito requer uma abordagem de equipe multidisciplinar e ainda é cercado por um grande tabu até mesmo por profissionais da área da saúde. As clínicas multidisciplinares do mau hálito oferecem o melhor ambiente para examinar e tratar essa patologia que atinge cerca de 25% do total da população.  

 

  • Estatísticas americanas avaliam que nos Estados Unidos existe de 25 a 85 milhões de pessoas com mau hálito e esperançosos de contornar ou resolver esse problema gastam de um a dois bilhões de dólares por ano em bochechos, vaporizadores, pastilhas, gomas de mascar e outros produtos que acabam funcionando tão somente como mascaradores e, em geral, por um tempo curto que não ultrapassa uma hora.
  • Os compostos sulfurados voláteis mais prevalentes são muito conhecidos do nariz humano: “cheiro de ovo podre” do sulfidreto e “cheiro de estábulo” da metilmercaptana. A maioria das pessoas já os produziu (e produz) em algum grau, pelo menos durante o sono, daí o hálito desagradável ao acordar (devido à estagnação da saliva em virtude de um fluxo virtualmente zero durante o sono).
  • No tratamento da halitose por saburra lingual, a meta é a eliminação de compostos sulfurados voláteis (CSV) eliminando o substrato que os desenvolve e/ou as bactérias anaeróbias que os produzem.

Na grande maioria dos casos, o mau hálito, ou halitose, tem origem na própria língua, um órgão muscular revestido por papilas. Essas papilas possuem terminações nervosas que, estimuladas por moléculas, conduzem informação ao cérebro a fim de reconhecer o gosto das coisas. Como se pode observar na imagem ao lado, na parte posterior da língua, sobram espaços entre as papilas e se formam pequenas criptas. Neles se acumulam alimentos e restos de células que descamam do epitélio lingual. Esses resíduos funcionam como meio de cultura para as bactérias que, quando fermentam, liberam substâncias ricas em enxofre, e é o cheiro de enxofre que provoca o mau hálito.

  • O Halimeter® é usado para medir compostos sulfurados voláteis (CSV). É o primeiro aparelho passível de ser utilizado em nível de consultório capaz de quantificar os odorivetores que compõem o hálito, e portanto, grande auxiliar no diagnóstico e acompanhamento de tratamento de halitose até a alta do paciente. É um monitor para detectar gás sulfidreto e outros compostos voláteis de enxofre (metilmercaptanas e dimetilsulfeto), capaz de medir alterações do hálito tanto na fase de diagnóstico como na fase de acompanhamento do tratamento. 

DÚVIDAS FREQUENTES SOBRE O HÁLITO

 

  • É possível que eu tenha mau hálito e não saiba?

Sim. As pessoas que têm um mau hálito constante, por fadiga olfatória, não percebem o seu próprio hálito. Somente as pessoas que têm períodos de halitose e períodos de normalidade conseguem percebê-lo.

 

  • Por quê acordamos com mau hálito?

O hálito da manhã acontece devido à leve hipoglicemia, à redução do fluxo salivar para virtualmente zero durante o sono e ao aumento da flora bacteriana proteolítica. Quando estes microorganismos atuam sobre restos epiteliais descamados da mucosa bucal e sobre proteínas da própria saliva, geram compostos de cheiro desagradável do tipo metilmercaptana, dimetilsulfeto e principalmente sulfidreto (que tem cheiro de ovo podre). São os compostos sulfurados voláteis (CSV). Após a higiene dos dentes (com fio dental e escova), da língua (com raspador lingual) e após a primeira refeição, a halitose matinal deve desaparecer. Se não desaparecer, o indivíduo tem mau hálito e este precisa ser investigado e tratado. 

 

  • O que é saburra?

Saburra é um material viscoso e esbranquiçado ou amarelado, que se adere ao dorso da língua em maior proporção na região do terço posterior. A saburra equivale a uma placa bacteriana lingual, em que os principais microorganismos presentes são do tipo anaeróbios proteolíticos, os quais produzem componentes de cheiro desagradável no final do seu metabolismo. 

 

  • O mau hálito é contagioso?

Não. A saburra somente se forma em pessoas com predisposição à sua formação. Por isso, é muito comum observarmos casais em que apenas um dos parceiros apresenta hálito muito desagradável, a ponto de incomodar o outro. 

 

  • O que predispõe à formação de saburra?

A causa primária da formação de saburra é a leve redução do fluxo salivar, com a presença de uma saliva muito mais rica em mucina e que facilita a aderência de microorganismos e de restos epiteliais e alimentares sobre o dorso da lingua. Existem vários graus de redução do fluxo salivar: quando a redução é severa (de 0 a 0,3 ml/minuto, sob estímulo mecânico), já não encontramos saburra, mas outros tipos de desconforto. A medida do fluxo salivar (sialometria) deve ser feita por um profissional habilitado para isso. É importante a avaliação das causas da redução do fluxo salvar para que se possa decidir sobre o tratamento. Uma causa bastante comum é o “stress” constante. 

 

  • O mau hálito pode vir do estômago?

Não. Esta é uma condição rara, embora a maioria das pessoas acredite ter halitose porque tem gastrite. É muito comum pacientes com gastrite terem mau hálito. Isto ocorre porque a redução do fluxo salivar propicia a formação de saburra, a qual permite que o Helicobacter pylori se instale no dorso lingual, prolifere e aumente em número, podendo chegar ao estômago e provocar a gastrite. A halitose de origem estomacal é comum apenas nos casos de hérnia de hiato com refluxo (retorno do ácido clorídrico na cavidade bucal, gerando sensação de gosto de vômito), bulimia, eructações gástricas (arrotos – sendo neste caso apenas uma halitose momentânea) e câncer de estômago (qualquer câncer em estado avançado pode causar halitose).

 

  • Faço dieta para emagrecer e agora tenho mau hálito. Por quê?

O jejum prolongado leva a hipoglicemia e a queima de gordura, que produz gazes de odores fortes. O uso de fórmulas para emagrecer, costuma provocar desidratação pelos laxantes e diuréticos das mesmas e por este motivo diminuição do fluxo salivar e formação de saburra e mau hálito.

 

  • Há medicamentos para mau hálito?

Em alguns casos, após a identificação da causa da halitose, na fase inicial do tratamento, é necessário o uso de algum medicamento para aumentar o fluxo salivar. Também está indicado o uso de enxaguante bucal oxidante, que irá combater os compostos sulfurados voláteis (CSV). 

 

  • Inflamação na garganta pode causar mau hálito?

Sim. Pacientes com infecções das vias aéreas superiores (amigdalite, faringite, sinusite, adenóide e alteração das fossas nasais) costumam ter dificuldade de respirar pelo nariz e tornam-se respiradores bucais (durante o dia todo ou pelo menos à noite). Isto provoca aumento da descamação da mucosa (por ressecamento), aumento da viscosidade da saliva, com diminuição do fluxo salivar e formação de saburra lingual (sendo esta a origem do mau hálito).

 

Inflamações freqüentes na garganta podem ser causadas por diminuição do fluxo salivar. A falta de umectação destas estruturas às predispõem à infecção. Por isso nunca se deve extrair as amígdalas sem antes fazer o teste de sialometria (medida do fluxo salivar). Alguns pacientes extraem as amígdalas para resolver o problema de mau hálito, mas isto não ocorre, porque a causa do mau hálito não era as amígdalas, mas sim, a redução do fluxo salivar.

 

A extração das amígdalas só é recomendada quando existem infecções recorrentes com pus e febre. Outra situação é a de pacientes com amigdalite e faringite, que no período de febre, desenvolvem xerostomia e saburra lingual (e conseqüentemente, mau hálito). 

 

  • Eu tenho bolinhas amareladas nas amígdalas que têm odor desagradável. O que é isto?

São os cáseos amigdalianos. Os cáseos  são semelhantes à saburra lingual e se formam pelo mesmo mecanismo. Se o paciente for submetido a amigdalectomia para correção do hálito, o insucesso é certo. Ao se tratar a origem da formação da saburra lingual, estará se tratando também, a origem da formação dos cáseos. 

 

  • Já consultei vários profissionais sem ter solução para o  meu problema.

Halitose tem tratamento?

Sim, tem tratamento. Às vezes, atingir a cura demora um pouco mais de tempo, mas sempre existe a possibilidade de controle. A maior parte das pessoas acredita que qualquer dentista ou médico está amplamente informado a respeito de mau hálito, o que nem sempre é verdade. O atendimento nesta área é diferente do atendimento odontológico de rotina. Desde que feito corretamente, o tratamento elimina realmente o problema de halitose.

 

Dr. Francisco José Salfer do Amaral

CRM/SC 3988

Endoscopia Digestiva – RQE 1277

Gastroenterologia – RQE 4633​

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